Por Reynaldo Aragon

Larry Ellison, MAGA e o sionismo articulam um projeto global de controle informacional que ameaça a democracia e reorganiza o fascismo no século XXI.

Por trás da retórica da inovação e da liberdade digital, ergue-se uma arquitetura de vigilância e dominação: bilionários do Vale do Silício, aliados ao trumpismo e à máquina de guerra israelense, constroem os pilares de um fascismo digital capaz de controlar dados, plataformas e comportamentos em escala planetária.

Introdução — O novo totalitarismo informacional

Setembro de 2025 não é apenas mais um marco no calendário: é o momento em que se revela com clareza a arquitetura de poder que vinha sendo lentamente construída no Vale do Silício. O que antes parecia uma corrida tecnológica por inovação e mercado agora se mostra como um projeto de controle total do fluxo informacional. Não se trata mais de qual plataforma domina publicidade digital ou qual empresa terá mais usuários em sua rede social. O que está em disputa é a capacidade de moldar a realidade social, decidir o que pode ou não circular e, sobretudo, transformar dados em instrumento de vigilância e disciplina social.

Nesse cenário, Larry Ellison emerge como um dos grandes curingas. Fundador da Oracle e hoje uma das figuras mais poderosas do mundo da tecnologia, Ellison não fala apenas como empresário: suas declarações sobre unificação de dados nacionais, vigilância permanente e auditoria privada de plataformas revelam uma visão política de sociedade. Ele se tornou o elo entre o poder bruto da infraestrutura tecnológica, a ideologia tecnolibertária do Vale do Silício, a ofensiva autoritária do trumpismo e a lógica militarizada do sionismo. A interseção dessas forças forma um novo totalitarismo informacional, cuja face não é a do ditador clássico, mas a do algoritmo incorporado à nuvem.

O fascismo do século XXI não precisa de tanques nas ruas: ele se organiza em data centers, contratos de cloud, parcerias estratégicas e arquiteturas algorítmicas capazes de colonizar subjetividades e neutralizar dissonâncias. O que está em marcha é uma engenharia política e social que, se não for contida, pode inaugurar a mais sofisticada forma de dominação já vista: o fascismo digital.

A ideologia tecnolibertária: da utopia hacker ao Leviatã corporativo

O tecnolibertarianismo nasceu no Vale do Silício como um discurso sedutor de liberdade e emancipação. Na virada dos anos 1990 para os 2000, engenheiros, hackers e empreendedores propagavam a ideia de que a internet seria um espaço livre de fronteiras, onde indivíduos poderiam se conectar sem o peso do Estado, sem burocracia e sem as velhas instituições. A promessa era quase anárquica: uma rede descentralizada, horizontal, capaz de corroer monopólios de informação e devolver poder às pessoas comuns.

Mas essa utopia foi rapidamente capturada e transformada em sua antítese. Sob o manto do tecnolibertarianismo, as corporações do Vale do Silício passaram a justificar a criação de estruturas privadas de soberania, mais poderosas do que muitos Estados nacionais. O que começou como rejeição ao controle estatal acabou legitimando um Leviatã corporativo que centraliza dados, algoritmos e fluxos informacionais em escalas inéditas. A “liberdade individual” tornou-se a narrativa que encobre a submissão de bilhões de pessoas a sistemas fechados, proprietários e governados por interesses privados.

Essa lógica se radicalizou na última década. A defesa de uma internet “livre do Estado” hoje se traduz em plataformas que se autoproclamam árbitros da liberdade de expressão, ao mesmo tempo em que modulam, censuram e priorizam conteúdos segundo algoritmos opacos. O tecnolibertarianismo que parecia uma ideologia de emancipação acabou se fundindo ao capitalismo de vigilância: coleta massiva de dados, predição de comportamentos e monetização da intimidade se tornaram a regra.

No fundo, o que vemos é a legitimação de um modelo onde as big techs assumem funções típicas do Estado moderno: legislam ao ditar termos de uso, julgam ao decidir o que circula ou não em suas redes, e punem ao banir, restringir ou silenciar vozes. É nesse ponto que o tecnolibertarianismo encontra o autoritarismo de novo tipo: um projeto que se apresenta como liberdade absoluta, mas na prática instala um regime de vigilância permanente, disciplinamento social e controle informacional centralizado.

O papel de Larry Ellison: a doutrina do controle total

Entre todos os bilionários do Vale do Silício, Larry Ellison talvez seja o mais explícito na formulação de uma doutrina do controle total. Diferente de outros magnatas que disfarçam suas ambições sob discursos de inclusão ou inovação, Ellison fala sem rodeios: defende a vigilância contínua, a unificação de dados nacionais e a auditoria privada de plataformas digitais. Sua visão é tão direta que parece saída de um manual distópico — mas, ao contrário da ficção, já está sendo aplicada no mundo real.

Em 2024, Ellison declarou que os cidadãos “estariam no seu melhor comportamento” porque “estaremos constantemente gravando e reportando tudo o que acontece”. A frase não é apenas uma defesa de monitoramento: é a síntese de uma sociedade disciplinada por registros digitais permanentes, onde a fronteira entre segurança e intimidade deixa de existir. Nesse modelo, a tecnologia deixa de ser mediadora neutra e se torna instrumento de governo dos corpos e das condutas.

Poucos meses depois, em 2025, Ellison deu outro passo: afirmou que todos os dados nacionais deveriam ser unificados em uma única base alimentada por inteligência artificial. Não se tratava apenas de informações econômicas ou demográficas, mas também de dados genômicos e de saúde. Ou seja, o mapa integral da vida biológica e social de uma população deveria estar concentrado sob uma única arquitetura informacional. A justificativa? Eficiência, inovação, prevenção de riscos. A realidade? Um ponto único de controle capaz de decidir quem vive, quem morre, quem recebe crédito, quem é vigiado, quem é suspeito.

A saúde, nesse discurso, aparece como campo de provas. Ellison descreveu prontuários eletrônicos globais, acessíveis “como cartões de crédito” e enriquecidos com resumos gerados por IA. Trata-se de um piloto: se aceitamos que os dados de saúde circulem globalmente, por que não aceitar o mesmo para dados financeiros, de consumo ou de comportamento social? O raciocínio cria um efeito cascata, naturalizando a centralização de informações vitais sob controle de infraestruturas privadas.

O caso mais emblemático, porém, é o TikTok nos Estados Unidos. Após pressões do governo Trump e negociações bilionárias, a Oracle tornou-se guardiã da operação americana, responsável por auditar o algoritmo e hospedar os dados da plataforma. O que está em jogo não é apenas o destino de um aplicativo, mas a inauguração de um modelo de governança informacional em que empresas privadas decidem como os fluxos globais de informação são regulados. A Oracle de Ellison aparece como árbitra do que circula, sob o pretexto de proteger a segurança nacional.

Com essas peças, a doutrina de Ellison se consolida: vigilância onipresente, dados unificados, saúde como vitrine e plataformas submetidas a auditoria privada. É um projeto que mistura poder corporativo, militarização da informação e submissão das democracias a contratos de nuvem. Ellison, o “curinga” do tabuleiro, oferece a infraestrutura e a ideologia para que o fascismo digital avance sob a máscara da eficiência tecnológica.

MAGA e a institucionalização da guerra informacional

Se em 2016 o trumpismo ainda operava na improvisação de Cambridge Analytica e no uso oportunista do Facebook, em 2025 o projeto MAGA deu um salto qualitativo: passou da manipulação episódica para a institucionalização da guerra informacional. O trumpismo aprendeu que não basta usar plataformas; é preciso controlar a infraestrutura, condicionar os algoritmos e moldar o ecossistema informativo inteiro para garantir sua permanência no poder.

Nesse movimento, Larry Ellison tornou-se um aliado estratégico. Seu discurso sobre vigilância contínua e unificação de dados nacionais ecoa perfeitamente na lógica MAGA de “lei e ordem” digital. Para o trumpismo, a promessa de segurança pública pela vigilância permanente significa um Estado policial algorítmico, onde suspeitos são identificados antes mesmo de cometer um crime, e dissidentes podem ser neutralizados com base em padrões de comportamento preditivo. O sonho autoritário ganha corpo na nuvem.

O governo Trump utiliza a Oracle e outras big techs simpáticas ao projeto para consolidar um aparato em que o fluxo informacional passa a ser tratado como infraestrutura crítica de segurança nacional. O TikTok nos EUA, submetido à auditoria da Oracle, é um exemplo didático: não se trata apenas de limitar uma empresa chinesa, mas de criar um precedente de tutela privada sobre plataformas globais. Esse modelo dá ao trumpismo poder para controlar narrativas, vigiar interações e restringir vozes críticas, sob o pretexto de proteger os cidadãos de “influências estrangeiras”.

A guerra cultural travada por Trump e seus aliados encontra na tecnologia a arma mais sofisticada: um ecossistema de plataformas, contratos e algoritmos ajustados para a manutenção do poder. O MAGA já não precisa mobilizar multidões apenas com slogans; agora dispõe de sistemas que modulam subjetividades em tempo real, capazes de amplificar discursos de ódio, silenciar opositores e moldar percepções coletivas.

É nessa fusão entre política autoritária e tecnologia corporativa que o trumpismo mostra sua face mais perigosa. O que começou como movimento populista e reativo agora se transforma em um projeto estrutural de dominação informacional, apoiado em bilionários como Ellison e em uma infraestrutura que não conhece fronteiras. Se antes a desinformação era uma tática, agora é doutrina de governo.

Sionismo e a exportação da máquina de guerra

O elo sionista nesse tabuleiro não é periférico, mas central. Israel tornou-se nas últimas décadas um laboratório de tecnologias de vigilância, contra-insurgência e controle populacional, especialmente testadas nos territórios ocupados. Drones, softwares de espionagem, sistemas biométricos e algoritmos de predição comportamental são desenvolvidos, aplicados em cenários de conflito e depois exportados como “soluções de segurança” para governos e corporações em todo o mundo. O que se experimenta em Gaza e na Cisjordânia retorna como produto no mercado global.

Larry Ellison é parte ativa desse ecossistema. Seu apoio financeiro direto às Forças de Defesa de Israel (FIDF) não se restringe à filantropia: é um ato político, que reforça o elo entre o complexo militar israelense e o Vale do Silício. Ao destinar milhões de dólares para programas voltados a recrutas e infraestruturas militares, Ellison vincula sua imagem e sua empresa a um modelo de militarização permanente da sociedade, no qual tecnologia e guerra caminham juntas.

O sionismo, nesse contexto, funciona como vetor de expertise militar. Exporta não apenas armas ou sistemas, mas sobretudo uma lógica: a ideia de que o controle absoluto de populações por meio de vigilância, segregação e monitoramento é legítimo em nome da segurança. Essa lógica atravessa fronteiras e é facilmente apropriada por governos autoritários, como o de Trump, que veem em Israel um exemplo de “eficiência” na disciplina social.

A convergência entre Oracle, Israel e MAGA se dá, portanto, em duas camadas: material e ideológica. Material, porque contratos, softwares e tecnologias fluem entre esses polos, criando um complexo militar-tecnológico transnacional. Ideológica, porque a narrativa de segurança total — um povo permanentemente observado, fichado e classificado — é apresentada como solução universal, invisibilizando os riscos para direitos civis e para a democracia.

O fascismo digital que emerge desse arranjo bebe diretamente da experiência israelense de ocupação e vigilância. O que se aplica contra palestinos em territórios ocupados se torna modelo de governo global. É nesse ponto que o sionismo se funde ao tecnolibertarianismo e ao trumpismo: todos apostam na mesma equação — vigilância total como sinônimo de ordem e poder.

Convergências e divergências internas

A força dessa aliança — Vale do Silício, MAGA e sionismo — reside na sua capacidade de convergir em objetivos estratégicos, ainda que existam tensões internas e diferenças ideológicas. O que une esses blocos é maior do que o que os separa: todos compartilham o mesmo horizonte de controle social absoluto mediado pela tecnologia.

No campo das convergências, três pontos se destacam. Primeiro, a crença de que a tecnologia deve substituir a política como instrumento de governo: algoritmos decidem quem fala, quem é silenciado, quem é suspeito. Segundo, a defesa da vigilância total como solução para todos os problemas sociais, do crime ao dissenso político. Terceiro, a naturalização de que plataformas privadas exerçam funções estatais, transformando big techs em tribunais invisíveis da vida cotidiana.

Mas há também divergências, que não devem ser ignoradas. O tecnolibertarianismo do Vale do Silício prega um mercado livre, onde empresas privadas são soberanas e o Estado deve se afastar. Já o MAGA trumpista instrumentaliza esse discurso, mas aposta em um Estado autoritário, que se apropria das tecnologias para impor “lei e ordem”. Essa tensão aparece quando setores do trumpismo denunciam bilionários como “globalistas”, ao mesmo tempo em que dependem deles para consolidar sua máquina de poder.

O sionismo, por sua vez, opera de forma pragmática: não se prende ao discurso libertário nem ao populismo autoritário, mas se oferece como fornecedor de expertise militarizada e como modelo de eficiência no controle social. Isso gera atritos pontuais — isolacionistas trumpistas criticam o peso da política externa pró-Israel, enquanto libertários de tecnologia rejeitam a lógica militar-estatal. Ainda assim, na prática, a convergência prevalece, pois todos se beneficiam da mesma infraestrutura de vigilância e da mesma narrativa de segurança total.

Essas diferenças funcionam menos como barreiras e mais como tensões dinâmicas, que permitem ajustes táticos. A crítica “antiglobalista” do MAGA serve para disciplinar bilionários rebeldes do Vale, mas não impede alianças concretas quando o objetivo é controlar plataformas como o TikTok ou unificar bases de dados nacionais. Do mesmo modo, o discurso de “liberdade digital” dos tecnolibertários não os impede de fechar contratos bilionários com governos autoritários. No final, a equação é simples: todas essas forças se alimentam mutuamente, convergindo no mesmo projeto de poder, ainda que falem idiomas diferentes.

Fascismo digital: a nova forma de dominação

O fascismo do século XXI não veste uniforme, não marcha em colunas e não depende da retórica clássica do nacionalismo de massas. Ele opera de maneira silenciosa e invisível, incorporado às infraestruturas digitais que regem a vida cotidiana. Se o fascismo histórico usava jornais, rádios e tanques para impor sua disciplina, o fascismo digital se vale de data centers, algoritmos e contratos de nuvem. É a mesma lógica de dominação total, mas atualizada para a era da informação.

A convergência entre Vale do Silício, MAGA e sionismo materializa essa mutação. As big techs fornecem as ferramentas e a infraestrutura — bancos de dados, algoritmos de modulação de comportamento, plataformas de circulação informacional. O trumpismo fornece a narrativa política e o projeto autoritário, transformando tecnologia em doutrina de governo. O sionismo aporta sua experiência militarizada, consolidada em décadas de controle de populações em territórios ocupados, e a exporta como expertise de segurança global. O resultado é um complexo fascista-informacional, que atua em rede, atravessa fronteiras e redefine os limites da política.

Esse fascismo digital não precisa da repressão explícita para funcionar. Sua força está na modulação preventiva dos comportamentos, no silenciamento algorítmico de vozes dissidentes, na naturalização de que “quem nada deve, nada teme” diante da vigilância total. É uma dominação que se disfarça de eficiência tecnológica, de inovação inevitável, de segurança contra ameaças difusas. É mais sofisticada porque não exige a adesão apaixonada das massas: basta que os cidadãos aceitem passivamente a mediação algorítmica como parte da vida.

O perigo, porém, é ainda maior do que no passado. O fascismo digital não controla apenas a opinião pública ou os corpos físicos: ele avança sobre a subjetividade, colonizando a intimidade, antecipando decisões, induzindo desejos e disciplinando afetos. Trata-se de um poder que não se limita a reprimir; ele molda, por dentro, as condições do que é possível pensar, sentir e agir. Se o fascismo clássico queimava livros, o fascismo digital reescreve algoritmicamente a biblioteca inteira da realidade.

No coração dessa arquitetura está a ideia de que a informação é soberania. Controlar dados, plataformas e algoritmos equivale a controlar a própria vida social. É nesse ponto que Ellison se torna mais do que um bilionário: ele é o arquiteto de uma visão totalitária que já está em marcha. O fascismo digital é, ao mesmo tempo, mais sutil e mais absoluto do que seus antecessores — e seu avanço anuncia o risco de uma dominação sem precedentes na história.

Risco civilizatório e horizontes de resistência

O que está em curso não é apenas mais uma disputa por mercado ou mais uma guerra de narrativas entre partidos. O que vemos emergir é um risco civilizatório. O fascismo digital reorganiza as engrenagens da dominação, integrando big techs, populismos autoritários e complexos militarizados em uma arquitetura global de vigilância e controle. A convergência entre Vale do Silício, MAGA e sionismo não é um acidente: é a expressão de um novo bloco de poder que busca moldar o século XXI a partir da colonização da informação e da subjetividade.

Esse risco é profundo porque altera a própria base da política. Se no passado as lutas se davam nas ruas, nas urnas ou nos parlamentos, agora os embates se travam em camadas técnicas invisíveis — protocolos de rede, algoritmos de moderação, contratos de nuvem, legislações moldadas por lobbies. O cidadão comum sequer percebe que sua vida está sendo modulada, que seus dados alimentam modelos preditivos, que suas percepções são filtradas por interesses que não escolheu. O perigo não é apenas a perda da privacidade, mas a perda da capacidade de agência, da liberdade de imaginar alternativas e de agir fora do script imposto por máquinas e elites informacionais.

Diante disso, a resistência não pode ser meramente defensiva. É preciso construir soberania tecnológica e soberania informacional, garantindo que dados, infraestruturas e algoritmos sejam controlados democraticamente e não por conglomerados privados alinhados a projetos autoritários. É necessário articular uma frente global progressista, capaz de disputar a narrativa da inovação e demonstrar que tecnologia pode servir à emancipação, não à dominação. Isso implica políticas públicas robustas, regulação dura das big techs, fortalecimento de redes independentes de informação e uma pedagogia crítica que revele os mecanismos ocultos do fascismo digital.

O desafio é monumental, mas inevitável. Se a sociedade aceitar passivamente a lógica da vigilância total e da unificação de dados em mãos privadas, estaremos abrindo caminho para um autoritarismo absoluto, mais insidioso e inescapável que qualquer ditadura anterior. Mas se transformarmos esse diagnóstico em ação, se criarmos alternativas de uso social e democrático da tecnologia, ainda haverá espaço para frear o avanço dessa nova forma de fascismo.

O futuro não está dado. Ele será decidido na disputa entre aqueles que querem transformar algoritmos em ferramentas de controle e aqueles que lutam para fazer deles instrumentos de liberdade. Resistir ao fascismo digital é mais do que defender direitos: é defender a própria possibilidade de futuro.

 

Fonte: Código Aberto | Imagem: reprodução do Atitude Popular.

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