Acervo contém cerca de 600 mil mapas, gravuras, livros e certidões produzidas entre os séculos XVI ao XIX sobre quase 6 milhões de pessoas que viveram nas colónias americanas. 

 

A plataforma Slave Societies Digital Archive (Arquivo Digital das Sociedades Escravocratas, em tradução livre), desenvolvida na Universidade Vanderbilt, nos EUA, disponibiliza documentos sobre a história de povos africanos no período de escravidão nas Américas.

Lançado em 2003 pela historiadora americana Jane Landers, o acervo reúne aproximadamente 600 mil arquivos dos séculos XVI ao XIX que documentam as vidas de cerca de 6 milhões de africanos escravizados e seus descendentes, além de indígenas, europeus e outros povos com quem eles interagiram no continente.

Mapas, gravuras, livros, registros de vendas, transcrições de eventos e certidões de batismos, casamentos e execuções estão no acervo.

Abastecido por pesquisadores e instituições de diferentes nacionalidades, os arquivos contam a história de países como Cuba, Estados Unidos, Colômbia e Brasil. No site também há documentos de Luanda e Ouidah, cidades africanas que mantiveram portos de onde negros embarcavam forçosamente ao outro lado do Atlântico. O que há nos arquivos Segundo Landers, em artigo ao site norte-americano The Conversation, os arquivos mais antigos e numerosos da plataforma são registros de batismo ordenados pela Igreja Católica, que atuou fortemente para converter africanos ao cristianismo no período escravocrata. Por meio do batismo e da filiação à Igreja, os africanos produziram outros documentos eclesiásticos, como certidões de casamento. Além disso, eles se uniram a paróquias organizadas segundo linhas étnicas, o que permitiu aos historiadores conhecer sua origem e relações sociais.

 

Fonte: Terra Nova.

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