Programa propõe implementar jornada reduzida sem perda de produtividade e redução de salário.

A semana de trabalho de 4 dias será testada no Brasil. A iniciativa é da ONG (organização sem fins lucrativos) 4 Day Week Global e a Universidade de Boston, em parceria com a empresa brasileira Reconnect Happiness at Work. Qualquer empresa brasileira pode participar do teste, independente do número de funcionários. Para se inscrever, os interessados devem responder um formulário disponível no site da 4 Day Week.

As inscrições serão feitas até agosto. Em setembro, as empresas serão preparadas com a metodologia do estudo. O piloto será implementado de novembro de 2023 a maio de 2024. As empresas pagarão um valor para ter acesso a metodologia e pesquisas. O valor do programa não foi divulgado.

“Nossa pesquisa já provou que o trabalho com redução de horas e foco no resultado é melhor para os negócios, as pessoas e o meio ambiente, e estamos ansiosos para compartilhar esses benefícios com as empresas aqui [no Brasil]”, diz o CEO da 4 Day Week Global, Dale Whelehan.

Segundo o programa, o piloto da jornada de 4 dias permite que as empresas tenham, com uma semana de 32 horas de trabalho, aumento da produtividade. A redução da carga horária traz benefícios como saúde, bem-estar e felicidade dos colaboradores, indica o estudo.

“Não é tirar um dia da semana, mas redesenhar nossa forma de atuar, fazendo uma melhor gestão de tempo, automatizando processos, delegando e principalmente revendo prioridades”, afirma Renata Rivetti, fundadora do Reconnect Happiness at Work.

As empresas que participarem do projeto piloto devem pagar os salários dos funcionários integralmente. O modelo adotado será “100% de pagamento do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade”. Entre os indicadores avaliados, estão estresse, equilíbrio da vida pessoal e profissional, resultados financeiros e rotatividade dos funcionários.

Pelo mundo

O projeto “The 4-DayWeek Global” tem sido testado em vários países: já são 91 empresas e cerca de 3.500 trabalhadores de 6 países (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Nova Zelândia, além do Reino Unido).

No Reino Unido, o programa foi testado por 61 empresas. Do total, 56 optaram por manter a jornada reduzida, das quais 18 vão adotar a política de forma permanente.

O “The 4-Day Week Global” conta com o auxílio de pesquisadores da Universidade de Cambridge, da Universidade de Oxford e do Boston College.

Fonte: Poder 360.

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