Uma conquista da ciência brasileira.

O Instituto Butantan confirmou que desenvolveu uma vacina brasileira contra a covid-19. O Governo de SP informou que o início da produção da Butanvac está previsto para maio e que terá condições para iniciar a distribuição da vacina com as 40 milhões de doses, se possível, em julho.

Imunizante será integralmente desenvolvido pelo Butantan, usará a mesma tecnologia utilizada na vacina contra a gripe e o investimento para a produção virá do governo estadual e do próprio Instituto. Na ButanVac, o vírus é inativado com produtos químicos e é considerada uma alternativa ainda mais segura do ponto de vista de efeitos colaterais.

A novidade é particularmente promissora porque, como o órgão é o principal criador da nova fórmula, poderá produzir uma quantidade muito maior de imunizantes em comparação às vacinas de outros países, que só podem ser produzidas em quantidades limitadas.

Nesse momento, a produção da vacina está entre a fase 1 e 2, onde serão feitos testes em humanos, o que irá verificar se a substância produz uma resposta imune eficiente contra o vírus, e também se ela é suficientemente segura para iniciar-se a aplicação na população.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) receberá ainda nesta quinta, 25 de março, as informações necessárias para iniciar as avaliações que possam permitir o início dos testes da fase 1 em voluntários e seja iniciada imediatamente.

O instituto que possui conexões com o governo do estado de São Paulo pediu para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) inicie em abril essa próxima etapa do desenvolvimento do imunizante.

A autorização para a aplicação em grande escala de uma vacina precisa cumprir três fases clínicas. Na primeira, a pesquisa avalia a segurança e possíveis reações indesejáveis da aplicação da vacina. Nessa etapa verifica-se de forma preliminar a capacidade de gerar anticorpos contra o novo coronavírus.

Na sequência, a segunda fase avalia a dosagem, a forma de vacinação com componentes mais adequados e a capacidade de gerar anticorpos (contra o novo coronavírus) em um grupo maior. Segundo o Butantan, a expectativa é que a fase 2 comece com 1,8 mil voluntários.

Já a fase 3 é feita em grandes populações para avaliar a segurança e a eficácia da vacina. Na fase 3, até 9 mil pessoas irão participar.

Desenvolvida pelo instituto brasileiro, a ButanVac pode ser produzida sem a necessidade de importação do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo). O Butantan lidera um consórcio internacional do qual ele é o principal produtor – 85% da capacidade total de fornecimento da vacina, se tudo ocorrer como previsto.

O imunizante também será testado nos dois outros países participantes do consórcio, Vietnã e Tailândia – neste último, a fase 1 já começou.

 

Variante de Manaus

 

Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o imunizante desenvolvido está preparado para combater a variante do coronavírus encontrada em Manaus, no Amazonas, que é considerada mais transmissível.

“Na realidade, nós trabalhamos na versão P.1 da vacina, então quando entrar em produção será na versão P.1”, afirmou.

 

Tecnologia e custos de produção

 

Segundo Dimas Covas, o imunizante do Instituto Butantan usa a mesma tecnologia das vacinas da gripe, que é mais barata do que outras vacinas, e pode ter dose única.

“Em princípio, essas vacinas que usam essa tecnologia [da vacina da gripe] são muito baratas, as mais baratas do mundo. Esperamos que aconteça o mesmo com essa vacina [Butanvac], que ela tenha um custo bem inferior”. Segundo ele, não há recursos do Ministério da Saúde até este momento.

 

Fonte: CNN Brasil.

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