Após séculos de predomínio da visão europeia nos livros didáticos sobre a colonização das Américas, uma nova vertente tem ganhado cada vez mais importância na região: a valorização dos povos originários na constituição cultural e econômica das nações americanas. Especialistas analisam os impactos desse novo processo na constituição dos Estados.
“Nisso também se destaca a Bolívia, que chegou a aprovar uma Constituição que declara o país como Estado Plurinacional, ou seja, reconhecendo o caráter nacional dos povos originários que lá habitam. E há uma tendência em toda a parte, inclusive no Brasil, desses povos se organizarem, lutarem por seus direitos e suas especificidades, já que por muitos séculos imaginou-se que eles iriam perder suas identidades […]. São povos que têm todo um papel a desempenhar na construção dos atuais Estados nacionais americanos” acrescenta.
‘Não há povos avançados ou atrasados’
Exploração de riquezas e desequilíbrio social
“Houve muita resistência, e essa situação evidentemente desorganizou as comunidades dos povos originários. Além disso, os colonizadores europeus traziam doenças para os quais eles não estavam preparados, provocando também uma mortandade muito grande”, diz.
Fronteiras moldadas pelos interesses colonizadores
“O fato é que se estabeleceram e se consolidaram e, agora, é esperar que as políticas de integração possam ir gradativamente superando essa coisa da questão nacional”, finalizou.
Fonte: Sputnik Brasil / Pátria Latina | Imagem: Etnias das Américas, Russia Beyond.